Desiludido com a esquerda, ex-petista tenta criar partido de direita

Uma viagem a Cuba enquanto cumpria o mandato de vereador por Iguaba Grande (RJ), há cerca de 20 anos, fez o empresário Marco Antônio Ramos se desiludir com a esquerda e com o PT. Desilusão tamanha que, agora, ele trabalha para criar um partido de direita.

“Vi na prática que o que a esquerda defendia não funcionava na prática”, diz o empresário, em contato com Oeste. “A viagem que fiz a Havana, onde conferi o que é o comunismo na vida real, foi marcante.”

Depois da viagem à ilha comunista, ele deixou o PT, sigla pela qual foi eleito vereador em 2004. Desde então, passou por outras três legendas.

Pelo hoje extinto PHS, candidatou-se a prefeito de Iguaba Grande em 2016, mas não obteve êxito. Já em 2020, tentou voltar ao cargo de vereador do município da Região dos Lagos, mas também não foi eleito.

Apesar de se dizer desiludido com a esquerda a partir da viagem que fez a Cuba, o empresário voltou a fazer parte de uma sigla desse espectro da política nacional. Assim, em 2024, foi candidato a prefeito de Iguaba Grande pelo PSB — e teve menos de 4% dos votos válidos.

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Marco Antônio Ramos quer criar o Partido Direita Brasil | Foto: Arquivo pessoal de Marco Antônio Ramos

De esquerdista a idealizador de um partido de direita

A ideia de Ramos é fazer com que o seu projeto político-partidário, batizado de Partido Direita Brasil, consiga o registro do Tribunal Superior Eleitoral a tempo de participar do pleito do ano que vem. Para isso, será necessário ter 547 mil assinaturas válidas até o início de 2026.

Em relação a isso, o empresário, que declarou à Justiça Eleitoral ter R$ 4,5 mil em bens na hora de registrar sua candidatura em 2024, demonstra entusiasmo. De acordo com ele, a recepção à ideia de legenda tem sido positiva.

“Estou muito animado, pois tem gente que já diz querer ser candidata pelo nosso partido, que surge para unir a direita”, diz Ramos. “Confio de que já estaremos na disputa do ano que vem.”

Sobre a ideia de unir a direita, o ex-vereador de Iguaba Grande defende a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência da República. Nesse sentido, critica decisões do Supremo Tribunal Federal.

“Não dá para chamar o que aconteceu no 8 de janeiro de golpe”, afirma. “Também não vejo justificativas legais para impedir o ex-presidente Jair Bolsonaro de ser candidato em 2026.”

Além da questão envolvendo Bolsonaro, Ramos diz que pretende ver toda a direita unida na defesa de um único candidato ao Palácio do Planalto. Para outros cargos, avisa que, se conseguir lançar o Partido Direita Brasil a tempo do pleito, tem o desejo de eleger um deputado federal em cada uma das 27 unidades da Federação.

Ramos adianta, por fim, que almeja lançar um aliado, ainda não definido, para o governo do Rio de Janeiro. Alguém, conforme explica, que ainda não tenha carreira política, mas que seja intimamente ligado ao tema segurança pública.

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