O Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) e o Departamento de Segurança Pública de Utah localizaram, nesta quinta-feira, 11, a arma que teria sido usada no assassinato de Charlie Kirk, de 31 anos. O líder conservador foi morto durante um evento na Universidade Utah Valley, em Orem.
Durante as investigações, as autoridades encontraram, na área onde o atirador teria abandonado a arma, uma munição com frases de conteúdo ideológico. Segundo o jornal The Wall Street Journal, o artefato traz inscrições “antifascistas e mensagens trans”.
Conforme o veículo, a descoberta reforça a hipótese de que o crime teve motivação política. Inclusive, o atirador atingiu Kirk no pescoço enquanto ele respondia a uma pergunta sobre tiroteios que envolvem transgêneros.
O evento fazia parte da turnê “American Comeback Tour”, organizada pela entidade conservadora Turning Point USA, da qual Kirk era cofundador. O atirador disparou de um telhado próximo ao anfiteatro da universidade, onde milhares de pessoas acompanhavam a palestra.
Imagens de segurança mostram que o criminoso chegou ao campus pouco antes do meio-dia, subiu escadas e se posicionou no topo do prédio. Às 12h20, ele efetuou o disparo e fugiu ao pular do telhado em direção a uma área residencial. A polícia encontrou um rifle de ferrolho de alta potência abandonado em uma região arborizada nas proximidades.
Polícia tem vídeo do criminoso, mas identidade ainda é desconhecida
Até o momento, as autoridades não divulgaram o nome nem o rosto do assassino. Beau Mason, comissário do Departamento de Segurança Pública de Utah, afirmou que o criminoso “aparenta ter idade universitária” e que ele “se misturou com os estudantes” antes de executar o crime.
“Temos um bom vídeo desse indivíduo”, disse Mason durante coletiva de imprensa. Os investigadores colheram imagens de câmeras de segurança, impressões da mão, do antebraço e marcas de calçado.
O comissário também pediu que o público envie vídeos ou fotos que possam ajudar a identificar o criminoso. Apesar das imagens disponíveis, os agentes não confirmaram se o rosto do atirador aparece com clareza.
Logo depois do atentado, a polícia chegou a deter duas pessoas. No entanto, os agentes liberaram os suspeitos.
O FBI entrou no caso ainda nesta quarta-feira, 10. O agente especial Robert Bohls classificou o atentado como um “evento direcionado”. O policial informou que as agências trabalham em conjunto para encontrar o responsável.
Equipes do FBI, da polícia estadual, da Polícia de Orem e da Universidade de Utah Valley monitoram a área e investigam pistas.
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